Secretaria de Saúde de Siderópolis reúne profissionais para intensificar combate à dengue
Com o aumento dos casos da doença na região, esta semana a Secretaria de Saúde de Siderópolis promoveu uma reunião com os profissionais da área para discutir estratégias de combate à dengue. A ação ocorre em um momento crítico, A partir de agora, o município intensificará as campanhas de prevenção, adotando medidas mais rigorosas para combater a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.
“Estamos preocupados com o aumento dos casos de dengue em nossa região, e por isso, vamos reforçar as ações de conscientização e fiscalização. Contamos com o apoio de toda a comunidade”, afirmou a secretária de Saúde de Siderópolis, Fernanda Frello Venturini.
A secretária também destacou a importância de um trabalho contínuo de divulgação , que incluirá pedágios informativos, distribuição de cartilhas, postagens em redes sociais e o reforço das informações por parte das agentes de saúde, com o objetivo de alertar a população sobre os riscos da dengue.
Rotina de monitoramento
Atualmente, as agentes de endemias de Siderópolis realizam uma rotina de monitoramento constante para combater a dengue. A cada semana, as 70 armadilhas espalhadas pelo município são verificadas, e a cada 15 dias, visitas são feitas a pontos estratégicos, como cemitérios, postos de combustíveis e borracharias.
As agentes de endemias de Siderópolis Nádia de Menech e Greice Ricther reforçam a importância de medidas simples, mas eficazes, para evitar o acúmulo de água. “Pedimos para que os moradores confiram potes de água de pets e flores, piscinas, materiais que possam acumular água. Um copo de plástico ou até uma tampinha de garrafa são suficientes para o mosquito se reproduzir”, explicou Nádia.
No processo de verificação, quando as agentes encontram larvas, elas coletam e enviam as amostras para análise na Regional de Saúde do Estado de Santa Catarina. “Sempre que encontramos algum recipiente com água, fazemos a análise para verificar se há larvas. Além disso, viramos os objetos e buscamos deixar tudo de cabeça para baixo, para evitar o acúmulo de água”, pontuou Nádia.
Proliferação do mosquito
A dengue é uma doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que se desenvolve em ambientes com água parada. O mosquito fêmea transmite o vírus da dengue através de suas picadas, geralmente do amanhecer ao anoitecer, quando busca sangue para se alimentar e reproduzir. Após picar uma pessoa infectada, o mosquito carrega o vírus e pode transmitir para outras pessoas.
O ciclo de vida do mosquito começa com a postura de ovos em locais com água. Esses ovos de transformam em larvas, que evoluem para pupas, e, finalmente, para mosquitos adultos. A proliferação do Aedes aegypti é acelerada por focos de água em recipientes como caixas d’água, pneus, garrafas e até folhas e vasos de plantas.
Repelente ideal
Durante a reunião, a secretária também enfatizou a importância do uso adequado de repelentes para prevenir as picadas do mosquito. De acordo com o Ministério da Saúde, os repelentes indicados mais eficazes são aqueles que contêm uma das três substâncias abaixo:
DEET: não aprovado para crianças menores de 2 anos. Entre os 2 a 7 anos, é permitido desde que a concentração seja menor que 10%, com duas aplicações diárias. A partir dos 7 anos, pode ser aplicado três vezes ao dia. Duração de 4 a 6 horas.
Icaridina: Uso permitido em crianças a partir de 2 anos, em concentração de 25%, com duas aplicações diárias. Duração de 8 a 10 horas.
IR 3535 – Permitido para crianças a partir de 6 meses na concentração de 30%. Até os 2 anos, aplicar uma vez ao dia; entre 2 a 7 anos, duas vezes; e acima de 7 anos, até três vezes por dia. Duração de até 4 horas.