Avicultores ameaçam paralisar atividades

             Cerca de 150 avicultores da região carbonífera estiveram reunidos neste final de semana em Siderópolis para construir uma pauta de reivindicações, principalmente na parte dos contratos com as empresas Seara/Cargill, Agrovêneto e Tramonto. O maior entrave dos produtores é quanto à parte financeira, já que nos últimos anos o prejuízo vem aumentando. Possibilidade de paralisarem as atividades é grande caso não encontrem soluções por parte das empresas. “As modernizações exigidas, todo o investimento que é feito não tem retorno. Além disso, eles não têm certeza sobre duração de contratos e outras coisas que precisam ser analisadas. A possibilidade de parar tudo existe”, comenta Célio Elias, do Sindicato dos Trabalhadores na Alimentação de Criciúma e região, e que ajudou na coordenação do movimento.

            Na assembléia ficou acertado que o prefeito de Siderópolis Douglas Warmling, o Guinga, intermediará as negociações entre avicultores e empresas. “Os produtores precisam ser valorizados. Vamos buscar uma via de conversação com as empresas para que todos saiam satisfeitos”, comentou Guinga.

            Nos últimos quatro anos o valor pago por cabeça permanece em R$ 0,11, e a situação tem contribuído para o fechamento de alguns aviários nos últimos meses. Participaram da assembléia os Sindicatos dos Trabalhadores Rurais de Siderópolis, Treviso e Urussanga, Sindicato da Alimentação, além de integrantes da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Santa Catarina (Fetaesc). Próxima assembléia acontece no dia 7 de julho, e poderá ser definida uma paralisação geral das atividades dos cerca de 350 avicultores da região.