Siderópolis trabalha para viabilizar implantação de ?agroindústria de mel no município
Com o intuito de apoiar a iniciativa de dois produtores do município, a equipe da secretaria de Agricultura e Meio Ambiente de Siderópolis viabilizou um encontro técnico na capital brasileira do mel, Içara, na empresa Apis Mellifera. A visita permitiu que os empreendedores pudessem conhecer o processo de beneficiamento do mel, e a partir disso adequar às instalações onde processam o alimento para poder dar início ao trâmite de adesão ao Serviço de Inspeção Municipal (SIM), a fim de tirar da informalidade o mel produzido na propriedade.
De acordo com um dos idealizadores do projeto, Valdinei Rizzatti, o beneficiamento do mel era uma atividade presente nas gerações anteriores da família, que foi perdida com o passar do tempo, e há 8 anos vem sendo resgatada em sua propriedade. Diante do sucesso no recomeço com a apicultura a família resolveu apostar no mel, novamente. “Solicitamos a visita para entender melhor o processo de beneficiamento do mel, para conhecer como funciona a logística, armazenamento, fluxograma dentro da agroindústria para adequar a nossa produção”, explicou.
Atualmente Rizzatti e o cunhado, Benjamin Thomazi, são sócios e trabalham juntos em uma propriedade situada na Comunidade de São Martinho Alto, interior de Siderópolis. Em média, eles conseguem colher cerca de duas toneladas/ano de mel e esperam conquistar o mercado consumidor com a formalização do negócio. “Contamos, também, com o apoio da Epagri, agora nosso objetivo é sair da informalidade para conseguir ganhar mercado”, detalha Rizzatti.
Conforme o médico veterinário, Elvys Steinheuser, responsável pelo Serviço de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal de Siderópolis, que acompanhou os agricultores no encontro, a visita é uma alternativa muito interessante, no ponto de vista da troca de experiências. “A empresa visitada já tem 40 anos de atuação, é uma oportunidade única, para entender o funcionamento e fazer todas as adequações. Dessa forma, agilizamos o processo de legalização da empresa”, esclarece.
A partir do encontro, os empreendedores já identificaram que precisam fazer adequações no pavilhão, que já iniciaram a construção. Na estrutura serão investidos cerca de 50 mil reais. A expectativa é de que a agroindústria possa estar operando ainda em 2021 e, dependendo do andamento, os agricultores até pensam em ampliar a produção através do cooperativismo ou associativismo.